Fonte: FolhaOnline
Um rapaz de 24 anos, que tentou vender sua alma em um site de leilões da China, conseguiu obter 58 lances antes dos operadores excluírem sua oferta. "Foi apenas um impulso", explicou o vendedor, que não quis se identificar.
O chinês explicou que o lance inicial por sua alma era de US$ 1,23.
Os responsáveis pelo site decidiram que a oferta não era apropriada e deletaram o anúncio assim que a notícia ganhou repercussão na imprensa. Ainda assim, o site registrou 58 ofertas, sendo que a mais alta chegava a US$ 84.
"Nós retiramos a oferta porque achamos que apenas Deus pode controlar as almas", explicou o porta-voz do site Taobao. "Além disso, as almas não podem ser vendidas, já que não são vistas ou tocadas".
Blog destinado a informações. Pretendo colocar aqui assuntos como Genealogia, Informática, Área Fiscal / Tributária, e aceito também sugestões. Obrigado
sexta-feira, abril 07, 2006
Evangelho segundo Judas é publicado pela 1ª vez
fonte: BBC - Brasil
Um documento trazendo o ponto de vista de Judas Iscariotes sobre a crucificação de Cristo foi publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos pela revista National Geographic.
O Evangelho Segundo Judas data entre o século 3 e 4 e acredita-se que o documento, um frágil papiro de 31 páginas, seja uma cópia de um original escrito por volta de 150 dC.
Ele foi descoberto em Beni Masar no Egito durante a década de 1970 e foi escrito originalmente em cóptico (antigo idioma egípcio).
A única cópia do texto foi conservada, autenticada e traduzida agora para o inglês.
Gnósticos
O documento mostra Judas como um personagem benéfico, o favorito de Jesus, que teria colaborado com os seus planos para salvar a humanidade.
Essa visão é semelhante à dos cristãos gnósticos, um grupo de religiosos do 2º século que rivalizava com a Igreja.
Os gnósticos foram denunciados como hereges em 180 dC.
Eles acreditavam que Judas seria de fato o mais iluminado dos apóstolos e teria proporcionado a possibilidade de a humanidade ser redimida através da morte de Cristo.
Sendo assim, Judas mereceria gratidão.
A visão dos gnósticos teria sido escrita em grego em um documento datado de 150 dC.
Pesquisadores cogitam a possibilidade de que o documento publicado nesta quinta-feira seja uma cópia deste texto.
O Evangelho Segundo Judas foi adquirido no ano 2000 pela fundação suíça Maecenas Foundation for Ancient Art, que iniciou sua tradução.
Acredita-se que a National Geographic tenha pago cerca de US$ 1 milhão pelos direitos de publicação.
Um documento trazendo o ponto de vista de Judas Iscariotes sobre a crucificação de Cristo foi publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos pela revista National Geographic.
O Evangelho Segundo Judas data entre o século 3 e 4 e acredita-se que o documento, um frágil papiro de 31 páginas, seja uma cópia de um original escrito por volta de 150 dC.
Ele foi descoberto em Beni Masar no Egito durante a década de 1970 e foi escrito originalmente em cóptico (antigo idioma egípcio).
A única cópia do texto foi conservada, autenticada e traduzida agora para o inglês.
Gnósticos
O documento mostra Judas como um personagem benéfico, o favorito de Jesus, que teria colaborado com os seus planos para salvar a humanidade.
Essa visão é semelhante à dos cristãos gnósticos, um grupo de religiosos do 2º século que rivalizava com a Igreja.
Os gnósticos foram denunciados como hereges em 180 dC.
Eles acreditavam que Judas seria de fato o mais iluminado dos apóstolos e teria proporcionado a possibilidade de a humanidade ser redimida através da morte de Cristo.
Sendo assim, Judas mereceria gratidão.
A visão dos gnósticos teria sido escrita em grego em um documento datado de 150 dC.
Pesquisadores cogitam a possibilidade de que o documento publicado nesta quinta-feira seja uma cópia deste texto.
O Evangelho Segundo Judas foi adquirido no ano 2000 pela fundação suíça Maecenas Foundation for Ancient Art, que iniciou sua tradução.
Acredita-se que a National Geographic tenha pago cerca de US$ 1 milhão pelos direitos de publicação.
quinta-feira, abril 06, 2006
Adeus ao 'Bom Menino' (Palhaço Carequinha)
Carequinha, o palhaço de três gerações, morre em sua casa, em São Gonçalo, aos 90 anos
Sergio Martins ( Jornal do Brasil- JBONLINE)
O palhaço de muitas gerações deixou de vez o picadeiro. De nome pomposo, George Savalla Gomes escreveu um outro na história do circo e dos programas infantis de televisão: Carequinha. Pioneiro, comandou uma atração por 16 anos na TV Tupi, desde que a emissora foi inaugurada no Rio de Janeiro, em 1951, e foi o primeiro artista circense a fazer sucesso na televisão e a criar um formato de programa de auditório para crianças que até hoje faz sucesso. Um exemplo é o atualmente chamado TV Xuxa. Gravou 26 discos, participou de filmes e, mais uma vez demonstrando estar à frente, colocou sua marca nos mais variados produtos infantis, o que somente veio a acontecer com outros artistas depois da primeira metade do século passado.
Carequinha morreu ontem de infarto, aos 90 anos, em sua casa, na cidade de São Gonçalo, interior do Estado do Rio de Janeiro. Ele passou mal durante a madrugada, reclamando de dores no peito e falta de ar. Apesar de medicado, não resistiu nem teve tempo de chegar ainda vivo ao Hospital das Clínicas, em frente. O enterro, por desejo da viúva, Elpídia Teixeira Gomes, e dos quatro filhos, Tyrone, Welington, Marlene e Sílvia Cristina, foi ontem mesmo, às 17 horas, no Cemitério de São Miguel. O corpo foi velado no Centro Cultural Joaquim Lavoura e seguiu em cortejo pela cidade. A Prefeitura de São Gonçalo decretou luto de três dias. Deixou ainda dois netos e um bisneto, de nome Iago, de 7 anos, e o único dos descendentes que parece gostar de ser palhaço. Já tem até nome artístico: Gabiroba, dado pelo bisavô.
A carreira de Carequinha no circo estava escrita desde seu nascimento. Os pais, Elisa Savalla e Lázaro Gomes, eram trapezistas do Circo Peruano, de seu avô, pai de sua mãe. Por coincidência ou premonição, ele nasceu no picadeiro, logo depois de uma apresentação da mãe, que sentiu as dores do parto e o trouxe à luz ali mesmo. Com 5 anos, Carequinha estreou como palhaço, já com este nome, dado por seu padrasto, Ozório Portilho, segundo marido de sua mãe e também artista circense. A seguir, vieram atuações em diversos circos brasileiros e internacionais. A amizade com Fred (Fred Villar), outro palhaço e companheiro nos programas de televisão, começou no circo alemão Sarrazani, onde os dois faziam também o papel de galãs das peças que eram encenadas.
- Carequinha se achava um predestinado e acreditava que palhaço era uma raça. Nasceu para isso e, junto com Fred, formou uma dupla adorado pela garotada - afirma o cartunista e autor infantil Ziraldo.
Ser palhaço, para Carequinha, era realmente um privilégio. Numa entrevista para a televisão, na década de 60, ele contou uma história bem peculiar sobre a profissão. Disse que uma pessoa começou a brigar com ele e o chamou de palhaço. Sua resposta foi imediata:
- Tem razão. Sou palhaço e com muito honra. E o melhor do Brasil.
O humorista Renato Aragão lembrou que também se considera um palhaço.
- Carequinha foi um artista de valor inestimável para o Brasil. Através de seu jeito simples e alegre, marcou diversas gerações de brasileirinhos por intermédio de sua mensagem de educação e cortesia. Mesmo aos 90 anos, Carequinha mantinha sua alma infantil e ingênua. Ele continuará sendo nosso eterno Bom Menino - afirmou Renato Aragão, ontem, por telefone.
O palhaço Biturinha (Augusto Gutierrez), companheiro de Carequinha em algumas jornadas em São Gonçalo, em shoppings e festas infantis, disse que os artistas circenses que residem em São Gonçalo - e são muitos, segundo explicou - farão uma homenagem para Carequinha no dia 18 de julho (dia do nascimento dele), na cidade.
- A homenagem é mais do que justa. Afinal, ele foi o pai, o mestre, o exemplo, para muitos que assumiram a profissão de palhaço. Eu mesmo decidi seguir a carreira motivado por ele.
Nos anos 80, Carequinha trabalhou na TV Manchete até ser tirado do ar para que entrasse o programa da apresentadora Xuxa, ainda em começo de carreira. Sua última aparição em televisão foi na série Hoje é dia de Maria, onde representava um palhaço. Ou ele mesmo.
Sergio Martins ( Jornal do Brasil- JBONLINE)
O palhaço de muitas gerações deixou de vez o picadeiro. De nome pomposo, George Savalla Gomes escreveu um outro na história do circo e dos programas infantis de televisão: Carequinha. Pioneiro, comandou uma atração por 16 anos na TV Tupi, desde que a emissora foi inaugurada no Rio de Janeiro, em 1951, e foi o primeiro artista circense a fazer sucesso na televisão e a criar um formato de programa de auditório para crianças que até hoje faz sucesso. Um exemplo é o atualmente chamado TV Xuxa. Gravou 26 discos, participou de filmes e, mais uma vez demonstrando estar à frente, colocou sua marca nos mais variados produtos infantis, o que somente veio a acontecer com outros artistas depois da primeira metade do século passado.
Carequinha morreu ontem de infarto, aos 90 anos, em sua casa, na cidade de São Gonçalo, interior do Estado do Rio de Janeiro. Ele passou mal durante a madrugada, reclamando de dores no peito e falta de ar. Apesar de medicado, não resistiu nem teve tempo de chegar ainda vivo ao Hospital das Clínicas, em frente. O enterro, por desejo da viúva, Elpídia Teixeira Gomes, e dos quatro filhos, Tyrone, Welington, Marlene e Sílvia Cristina, foi ontem mesmo, às 17 horas, no Cemitério de São Miguel. O corpo foi velado no Centro Cultural Joaquim Lavoura e seguiu em cortejo pela cidade. A Prefeitura de São Gonçalo decretou luto de três dias. Deixou ainda dois netos e um bisneto, de nome Iago, de 7 anos, e o único dos descendentes que parece gostar de ser palhaço. Já tem até nome artístico: Gabiroba, dado pelo bisavô.
A carreira de Carequinha no circo estava escrita desde seu nascimento. Os pais, Elisa Savalla e Lázaro Gomes, eram trapezistas do Circo Peruano, de seu avô, pai de sua mãe. Por coincidência ou premonição, ele nasceu no picadeiro, logo depois de uma apresentação da mãe, que sentiu as dores do parto e o trouxe à luz ali mesmo. Com 5 anos, Carequinha estreou como palhaço, já com este nome, dado por seu padrasto, Ozório Portilho, segundo marido de sua mãe e também artista circense. A seguir, vieram atuações em diversos circos brasileiros e internacionais. A amizade com Fred (Fred Villar), outro palhaço e companheiro nos programas de televisão, começou no circo alemão Sarrazani, onde os dois faziam também o papel de galãs das peças que eram encenadas.
- Carequinha se achava um predestinado e acreditava que palhaço era uma raça. Nasceu para isso e, junto com Fred, formou uma dupla adorado pela garotada - afirma o cartunista e autor infantil Ziraldo.
Ser palhaço, para Carequinha, era realmente um privilégio. Numa entrevista para a televisão, na década de 60, ele contou uma história bem peculiar sobre a profissão. Disse que uma pessoa começou a brigar com ele e o chamou de palhaço. Sua resposta foi imediata:
- Tem razão. Sou palhaço e com muito honra. E o melhor do Brasil.
O humorista Renato Aragão lembrou que também se considera um palhaço.
- Carequinha foi um artista de valor inestimável para o Brasil. Através de seu jeito simples e alegre, marcou diversas gerações de brasileirinhos por intermédio de sua mensagem de educação e cortesia. Mesmo aos 90 anos, Carequinha mantinha sua alma infantil e ingênua. Ele continuará sendo nosso eterno Bom Menino - afirmou Renato Aragão, ontem, por telefone.
O palhaço Biturinha (Augusto Gutierrez), companheiro de Carequinha em algumas jornadas em São Gonçalo, em shoppings e festas infantis, disse que os artistas circenses que residem em São Gonçalo - e são muitos, segundo explicou - farão uma homenagem para Carequinha no dia 18 de julho (dia do nascimento dele), na cidade.
- A homenagem é mais do que justa. Afinal, ele foi o pai, o mestre, o exemplo, para muitos que assumiram a profissão de palhaço. Eu mesmo decidi seguir a carreira motivado por ele.
Nos anos 80, Carequinha trabalhou na TV Manchete até ser tirado do ar para que entrasse o programa da apresentadora Xuxa, ainda em começo de carreira. Sua última aparição em televisão foi na série Hoje é dia de Maria, onde representava um palhaço. Ou ele mesmo.
terça-feira, abril 04, 2006
Celular explode enquanto é carregado no interior de SP
(fonte: Folha Online)
Um telefone celular SC-3160 da Motorola explodiu quando era carregado em São José do Rio Preto (440 km a noroeste de São Paulo) na noite de sábado (31). A dona do aparelho, a dona-de-casa Tutako Furukava de Almeida, 69, sofreu queimaduras nas costas e na mão direita.
A dona-de-casa havia colocado o telefone para carregar uma hora antes da explosão. Quando o aparelho explodiu, Almeida estava sentada na cama. "Ouvi um estrondo, mas não achei que pudesse ser o celular. Depois senti um calor nas costas e, quando coloquei a mão, acabei queimando três dedos", conta.
Além de Almeida, os estilhaços do telefone também atingiram a cama, queimando o edredon e o colchão. "Consegui apagar o fogo com o edredon mesmo, mas meu marido teve que vir apagar o pequeno incêndio na cômoda onde estava o aparelho", conta Almeida.
A dona-de-casa recolheu os pedaços do telefone e os levou para a delegacia, onde eles devem ser periciados. De lá, foi para o hospital. "O médico disse que eu tinha queimaduras de segundo grau. Tive que tomar vacina anti-tetânica", diz.
Antes de ser ligado na tomada, o aparelho havia ficado cerca de um ano e meio guardado. A dona-de-casa havia preferido deixar de usar o aparelho porque ganhara um modelo mais moderno do filho. "Resolvi religá-lo para evitar que ele estragasse", afirma Almeida.
Outro lado
Em nota, a Motorola afirma que os incidentes deste tipo são muito raros. "Assim que teve ciência do caso em questão, a Motorola entrou em contato com a senhora Almeida para entender as circunstâncias do ocorrido e avaliar exatamente o fato e suas respectivas causas".
A nota segue afirmando que "a empresa [Motorola] possui total interesse na apuração do caso. No entanto, a Motorola não teve acesso ao aparelho envolvido na situação, uma vez que o mesmo foi entregue pela consumidora à delegacia local. Por isso, é prematuro especularmos sobre as causas do incidente até que tenhamos um laudo oficial",
Outros casos
No mês passado, outros dois celulares da Motorola pegaram fogo. O primeiro caso aconteceu em Araras (169 km a noroeste de São Paulo), quando o telefone da estudante Carina Zancheta, 14, pegou fogo em seu bolso, causando ferimentos leves nela.
Dois dias depois, a jornalista carioca Jacqueline Leão, 39, passou pelo mesmo susto quando viu seu celular pegar fogo no bolso da calça. Os dois aparelhos eram do mesmo modelo.
Um telefone celular SC-3160 da Motorola explodiu quando era carregado em São José do Rio Preto (440 km a noroeste de São Paulo) na noite de sábado (31). A dona do aparelho, a dona-de-casa Tutako Furukava de Almeida, 69, sofreu queimaduras nas costas e na mão direita.
A dona-de-casa havia colocado o telefone para carregar uma hora antes da explosão. Quando o aparelho explodiu, Almeida estava sentada na cama. "Ouvi um estrondo, mas não achei que pudesse ser o celular. Depois senti um calor nas costas e, quando coloquei a mão, acabei queimando três dedos", conta.
Além de Almeida, os estilhaços do telefone também atingiram a cama, queimando o edredon e o colchão. "Consegui apagar o fogo com o edredon mesmo, mas meu marido teve que vir apagar o pequeno incêndio na cômoda onde estava o aparelho", conta Almeida.
A dona-de-casa recolheu os pedaços do telefone e os levou para a delegacia, onde eles devem ser periciados. De lá, foi para o hospital. "O médico disse que eu tinha queimaduras de segundo grau. Tive que tomar vacina anti-tetânica", diz.
Antes de ser ligado na tomada, o aparelho havia ficado cerca de um ano e meio guardado. A dona-de-casa havia preferido deixar de usar o aparelho porque ganhara um modelo mais moderno do filho. "Resolvi religá-lo para evitar que ele estragasse", afirma Almeida.
Outro lado
Em nota, a Motorola afirma que os incidentes deste tipo são muito raros. "Assim que teve ciência do caso em questão, a Motorola entrou em contato com a senhora Almeida para entender as circunstâncias do ocorrido e avaliar exatamente o fato e suas respectivas causas".
A nota segue afirmando que "a empresa [Motorola] possui total interesse na apuração do caso. No entanto, a Motorola não teve acesso ao aparelho envolvido na situação, uma vez que o mesmo foi entregue pela consumidora à delegacia local. Por isso, é prematuro especularmos sobre as causas do incidente até que tenhamos um laudo oficial",
Outros casos
No mês passado, outros dois celulares da Motorola pegaram fogo. O primeiro caso aconteceu em Araras (169 km a noroeste de São Paulo), quando o telefone da estudante Carina Zancheta, 14, pegou fogo em seu bolso, causando ferimentos leves nela.
Dois dias depois, a jornalista carioca Jacqueline Leão, 39, passou pelo mesmo susto quando viu seu celular pegar fogo no bolso da calça. Os dois aparelhos eram do mesmo modelo.
segunda-feira, abril 03, 2006
Reportagem do Jornal O DIA de hoje:
Três pessoas em cativeiro e MV Bill se cala
Causou indignação entre autoridades e estudiosos de segurança pública a revelação de que documentaristas preferiram silenciar
Alexandre Arruda e Bruno Menezes (repórteres de O Dia)
RIO - MV Bill gosta de se apresentar como ‘Mensageiro da Verdade’. Tanto que adotou a sigla MV para seu nome artístico. Mas de pelo menos uma verdade ele preferiu não ser o mensageiro: a de que viu seqüestrados em cativeiro. A descrição das três pessoas “amarradas e encapuzadas esperando a morte chegar” está no livro que conta bastidores do documentário ‘Falcão - Meninos do Tráfico’, produzido por ele e seu parceiro, Celso Athayde. Os telespectadores do especial do ‘Fantástico’, da TV Globo, nunca souberam disso. Os leitores, apenas na semana passada, quando o livro foi lançado. Para a polícia, a mensagem jamais chegou. Bill foi um MO: ‘Mensageiro da Omissão’. A O DIA, Athayde confessa ter deixado de lado aquelas vidas e que é “menos feliz por isso”.
A revelação de que nunca alertaram sobre o cativeiro e que três vidas estavam ameaçadas foi feita ontem, na coluna “Ai, que Loucura!”, de O DIA. Para o rapper, “o grande mérito do documentarista é não interferir na realidade filmada”.
Ele diz que não estava ali “para isso”. No entanto, a atitude do cantor e Athayde — que estava ao seu lado no cativeiro — foram duramente criticadas por parlamentares, criminalistas, estudiosos, e agentes de segurança pública, que vêem no ato um caso claro de omissão e descaso com a vida humana.
“Há limites”, diz Cano "
Acima do documetário, do trabalho importante que eles estavam fazendo, há a necessidade imperial de salvar essas vidas que, provavelmente, já se acabaram também. Nossa senhora. É uma tristeza", desabafou o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ). Já o sociólogo Ignácio Cano, membro do Laboratório de Análise da Violência e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), todo trabalho de pesquisa possui parâmetros. “Há limites e, se há pessoas que vão ser mortas, para mim esse seria o limite.”
Os documentaristas ainda podem ter que se explicar na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados. Segundo o presidente da comissão, José Militão (PTB-MG), uma reunião, na quarta-feira, decidirá o rumo da história. “Se uma reportagem que causa uma indignação enorme em todo o País omite um fato desse que, talvez, seja um dos mais relevantes, é lógico que a gente tem que investigar isso."
Em defesa de Bill e Athayde está o antropólogo Luiz Eduardo Soares, com quem escreveram o livro Cabeça de Porco. "Eu não acredito. Eu não acredito que tenha sido assim. Conhecendo os dois como conheço, não acredito que tenha sido assim.”
Já para os parentes do jornalista Ivandel Godinho, sequestrado em São Paulo, em outubro de 2003, e nunca resgatado, Bill cometeu um ato contra a vida humana. "Aí, dane-se a ética profissional, dane-se o furo de reportagem. Se você pode salvar a pessoa, você tem que salvar", afirma Ivens Godinho, 55, irmão do jornalista.
Para Ivens, o ser humano banalizou a violência. “Acho que se você tem condições de ajudar alguém, esteja a pessoa em qualquer situação, você tem que fazer a tua parte. Ele teve a chance, deixou passar e agora tá tentando tirar a culpa dele”, explicou Ivens, que acredita que MV Bill não teria agido da mesma forma se as vítimas fossem de sua família.
E você, o que pensa sobre o assunto? MV Bill foi conivente com os criminosos ao omitir o seqüestro de três pessoas durante a gravação do documentário? Opine, aqui mesmo, clique no "comments" ou no envelope abaixo.
Três pessoas em cativeiro e MV Bill se cala
Causou indignação entre autoridades e estudiosos de segurança pública a revelação de que documentaristas preferiram silenciar
Alexandre Arruda e Bruno Menezes (repórteres de O Dia)
RIO - MV Bill gosta de se apresentar como ‘Mensageiro da Verdade’. Tanto que adotou a sigla MV para seu nome artístico. Mas de pelo menos uma verdade ele preferiu não ser o mensageiro: a de que viu seqüestrados em cativeiro. A descrição das três pessoas “amarradas e encapuzadas esperando a morte chegar” está no livro que conta bastidores do documentário ‘Falcão - Meninos do Tráfico’, produzido por ele e seu parceiro, Celso Athayde. Os telespectadores do especial do ‘Fantástico’, da TV Globo, nunca souberam disso. Os leitores, apenas na semana passada, quando o livro foi lançado. Para a polícia, a mensagem jamais chegou. Bill foi um MO: ‘Mensageiro da Omissão’. A O DIA, Athayde confessa ter deixado de lado aquelas vidas e que é “menos feliz por isso”.
A revelação de que nunca alertaram sobre o cativeiro e que três vidas estavam ameaçadas foi feita ontem, na coluna “Ai, que Loucura!”, de O DIA. Para o rapper, “o grande mérito do documentarista é não interferir na realidade filmada”.
Ele diz que não estava ali “para isso”. No entanto, a atitude do cantor e Athayde — que estava ao seu lado no cativeiro — foram duramente criticadas por parlamentares, criminalistas, estudiosos, e agentes de segurança pública, que vêem no ato um caso claro de omissão e descaso com a vida humana.
“Há limites”, diz Cano "
Acima do documetário, do trabalho importante que eles estavam fazendo, há a necessidade imperial de salvar essas vidas que, provavelmente, já se acabaram também. Nossa senhora. É uma tristeza", desabafou o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ). Já o sociólogo Ignácio Cano, membro do Laboratório de Análise da Violência e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), todo trabalho de pesquisa possui parâmetros. “Há limites e, se há pessoas que vão ser mortas, para mim esse seria o limite.”
Os documentaristas ainda podem ter que se explicar na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados. Segundo o presidente da comissão, José Militão (PTB-MG), uma reunião, na quarta-feira, decidirá o rumo da história. “Se uma reportagem que causa uma indignação enorme em todo o País omite um fato desse que, talvez, seja um dos mais relevantes, é lógico que a gente tem que investigar isso."
Em defesa de Bill e Athayde está o antropólogo Luiz Eduardo Soares, com quem escreveram o livro Cabeça de Porco. "Eu não acredito. Eu não acredito que tenha sido assim. Conhecendo os dois como conheço, não acredito que tenha sido assim.”
Já para os parentes do jornalista Ivandel Godinho, sequestrado em São Paulo, em outubro de 2003, e nunca resgatado, Bill cometeu um ato contra a vida humana. "Aí, dane-se a ética profissional, dane-se o furo de reportagem. Se você pode salvar a pessoa, você tem que salvar", afirma Ivens Godinho, 55, irmão do jornalista.
Para Ivens, o ser humano banalizou a violência. “Acho que se você tem condições de ajudar alguém, esteja a pessoa em qualquer situação, você tem que fazer a tua parte. Ele teve a chance, deixou passar e agora tá tentando tirar a culpa dele”, explicou Ivens, que acredita que MV Bill não teria agido da mesma forma se as vítimas fossem de sua família.
E você, o que pensa sobre o assunto? MV Bill foi conivente com os criminosos ao omitir o seqüestro de três pessoas durante a gravação do documentário? Opine, aqui mesmo, clique no "comments" ou no envelope abaixo.
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